sábado, 30 de junho de 2012

Goodbye



Eu tive que me acostumar com as despedidas. A vida as impôs várias vezes no decorrer da minha existência, e por mais que elas continuem acontecendo constantemente, por mais que eu tenha me acostumado com elas, há uma parte difícil em cada despedida com que eu nunca vou aprender a lidar.

Há um espaço em todas as despedidas. Um espaço vazio onde havia algo importante, essencial, acolhedor. Uma ausência no espaço entre seus dedos. Uma casa vazia e ruas pelas quais você não vai passar por um bom tempo. O espaço entre um minuto e o outro, entre julho e agosto. Dizer adeus é quase como uma amputação, um membro fantasma que estará ali durante muito tempo, mesmo não estando mais. Toda despedida leva consigo um pedaço de você, um pouco do seu oxigênio.

Eu disse adeus várias vezes, e cada uma delas foi dolorosa de uma forma particular. Despedir-se significa uma determinada gama de perdas. Ninguém é igual a ninguém, nenhum amor é igual ao outro, nenhuma história se repete, e isso faz com que cada despedida seja única, dolorosa, e a gente nunca vai se acostumar com isso: a perda de algo singular e insubstituível.


No geral, eu aprendi algo sobre ter que dizer adeus: ame alguém com toda a energia vital que lhe foi dada. Esforce-se. Faça tudo o que puder se seu coração sentir que deve. Leve cupcakes para a pessoa se ela teve um dia ruim, beije-a como se fosse a última vez, respire o ar quente que sobe do pescoço dela quando ela está deitada ao seu lado. Ame-a e deixe que ela saiba disso. Mas tenha em mente que nada dura para sempre, e acredite nisso com todas as forças que você conseguir reunir para convencer-se de alguma coisa. 


No momento em que você pensa que tem algo, ele se vai. E na maioria das vezes não há nada que você possa fazer para ele ficar.

Goodbye, brown eyes, goodbye for now.
Goodbye, sunshine, take care of yourself. 
(Goodbye - Avril Lavigne)

Um comentário:

Adna Martins disse...

você só me dá a certeza de: terei sempre motivo para voltar aqui.

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