quinta-feira, 7 de junho de 2012

Não é amor...


Eu achava que era amor, e quem não acharia? Aquela sensação de que seu coração poderia explodir em mil pedacinhos cor-de-rosa a qualquer momento. O nó na garganta e a falta de ar. A vontade mortal de estar perto. O chão, caramba, onde ficava o chão mesmo?

Era amor, era claro que era amor. Amor dos bons. Amor dos grandes. Amor da minha vida. Aí acabou... Acabou o namoro, a amizade, depois acabou o contato, acabou a felicidade, passou o sofrimento e... acabou o tal do amor.

Que coisa estranha. Mas amor não é eterno? Amor não colore a vida? Que raio de amor é esse que faz o coração doer dentro do peito, que te deixa sem ar, sem chão. Cheguei à conclusão de que não era amor, coisa nenhuma. Porque se dói, cansa. E se cansa, uma hora a gente não quer mais, e acaba. Só que amor - verdadeiro - não acaba.

Amor de verdade te faz respirar, isso sim. Te dá tranquilidade no peito, a sensação de que está tudo bem e que você não precisa temer - vai dar tudo certo, porque é amor, porque é de verdade. Amor que é amor te faz sentir o chão nítido e sólido debaixo dos pés. Te faz acordar tranquilo e jamais te tira o sono. Nunca que vai ter esse alarme berrando na tua cabeça, perigo! perigo!. Você vai deitar nesse amor e ele vai ser confortável como uma coberta no meio do outono. Amor de verdade só vai te pegar de surpresa quando for surpresa boa; vai curar tuas feridas - não vai causar novas.

Esse amor que vendem por aí, que deixa a pessoa fora de si, não é amor. É loucura. É castigo. É guerra, caos, é morte. Amor de verdade faz com que você se encontre, não com que se perca. Amor de verdade enche tua cabeça de razão e lucidez. E quando você encontrar, quando for de verdade, você vai saber.

Se dói, se te deixa inseguro, se faz mais mal do que bem, pode apostar: é tudo... menos amor.

Um comentário:

Dany disse...

Tudo tão complicado né...

Uma pena que as coisas acabam ou acabam com as coisas, com o encanto, com o carinho e até com a amizade...

Mas... o melhor amor ainda é o amor próprio, esse não trai, não machuca, não foge e assim conseguimos cuidar do nosso jardim pra aparecerem novos amores!

Beijso

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