domingo, 12 de fevereiro de 2012

Perseguindo Linhas

Linhas. Estamos cercados delas. Algumas foram feitas para serem ultrapassadas. Outras significam "perigo, não ultrapasse!". Onde quer que você vá, haverá placas e linhas te indicando algo que você não pode fazer.

Quanto mais determinada for uma linha, quanto mais proibição ela expressa, mais queremos saber o que existe do outro lado. Por que ela está aqui? Por que é proibido ultrapassá-la? Sem pensar duas vezes, quebramos uma barreira imaginária e estamos sujeitos aos riscos do outro lado da linha.

Algumas linhas não têm o menor sentido de existir. Nos disseram que era proibido, e nós acreditamos. Algumas delas, fomos nós mesmos que traçamos, por proteção, por sobrevivência, ou simplesmente pelo prazer de cruzá-las. Outras têm um motivo importante de estar ali e cruzá-las pode ser realmente perigoso.

Quando você ultrapassa uma linha, você o faz por sua conta e risco. O que está do outro lado pode ser prejudicial à sua saúde física ou mental. Pode ser algo irreversível. Às vezes pode ser mortal. Mas como resistir ao impulso de querer saber o que pode acontecer? Somos seres de sangue quente. Gostamos do desafio, gostamos da adrenalina de fazer algo proibido. E de fato o fazemos. Respiramos fundo e nos arriscamos.

Cruzar uma linha significa invadir uma propriedade privada, de vez em quando. Interferir em algo que não é seu. Invadir um território que já foi conquistado por alguém. E isso não é seguro e nem ético.

O bom das linhas é que elas não são paredes. Em alguns casos, quando as feridas são superficiais, você ainda tem a chance de correr, cruzá-las de volta ao lado seguro e permitido. Afastar-se. Seguir seu caminho até que outra linha tentadora apareça. E decidir se vale a pena cruzá-la ou não.

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