quinta-feira, 14 de março de 2013

Quem diria?

Eu nunca pensei que as coisas estariam como elas estão agora. Há um mês, tudo fazia sentido. Tudo estava onde deveria estar e, apesar da minha personalidade instável, eu estava calmo. Eu nunca imaginei que fosse possível sentir um vazio tão grande e inenarrável dentro de mim. As pessoas não deveriam desaparecer quando sentem isso? Não. Fácil demais.

Mas, mais do que tudo, acho que eu nunca cogitei que fosse desejar nunca mais vê-lo. Eu, que sempre fiz questão de estar perto dele, jamais teria me convencido de que pensar naquele rosto fosse me causar um arrependimento tão grande, uma vontade tão sobre-humana de nunca ter acontecido daquela forma, de nunca ter clicado naquele nome, de nunca ter iniciado uma conversa, um beijo, um relacionamento que só significou algo para mim.

Eu achava que aquele amor fosse uma boa ideia. Pensei o tempo todo que, apesar de certas dificuldades, fosse valer a pena. Nunca me ocorreu que eu estaria aqui, onde eu estou, rasgando todas as lembranças que eu tenho de nós dois, querendo me mudar para um outro planeta onde eu não tenha que dividir o ar com ele e com a indecência que ele esconde por trás daquela máscara.

Nunca pensei que fosse ter uma decepção tão grande em um intervalo tão curto de tempo... e, mesmo assim, no fundo da minha mente, eu soube desde o primeiro dia.

Um comentário:

Guilherme Netto disse...

A vida pode ser imprevisível!
Mas.. não faz bem pra nós mesmos guardar qualquer tipo de mágoa.
Parabéns pela postagem. Me identifico.

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