domingo, 24 de abril de 2011

Falta

Eu respiro tentando encontrar um resíduo de oxigênio que a sua falta me tomou.
Você me acha autocentrado, egoísta e crítico, mas você não sabe que eu penso mais em você do que em mim mesmo, às vezes, e me deixo levar pela saudade daquela época em que a gente ficava até tarde conversando, deitados naquela cama que nem era nossa, e rindo dos nossos pontos em comum e discutindo as nossas diferenças, você não sabe também que eu tenho um fascínio por muitas coisas que eu critico e uma delas é você.
É confortável dizer para todo mundo que você é convencido, que seu narcisismo tira todas as suas outras qualidades e que o tempo que a gente passou junto foi um mártir, mas eu bem sei que não é nada disso, porque às vezes quando eu me deito pra dormir eu sinto um vazio dentro de mim e sei que é você que falta ali, naquele pedacinho de mim, aquele pedacinho que quer ser meu, mas que é seu mais do que tudo.

3 comentários:

Maria Célia disse...

OI Bruno
Li um comentário seu no blog do Edu, sobre textos da Martha Medeiros e gostei muito.
Resolvi dar uma espiada neste seu cantinho e achei o máximo. Você escreve super bem, adorei seus textos.
Bjo

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Adna Martins disse...

Não interessa pra quem foi. Só sei que foi lindo, tão lindo quanto os sentimentos que foram embutidos nas palavras. E onde quer que essa pessoas esteja, sentiu o que foi escrito por ti.

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